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Mito de Sísifo (Imagem do Blog Tabata Times) |
O continente africano, depois de mais de quatro séculos de sujeição, em diferentes graus, ao
domínio europeu, começa a redesenhar sua própria história. Sua inserção no
sistema internacional corresponde há
pelo menos três grandes momentos. O primeiro remete ao século XV, ao período de
formação e consolidação dos primeiros Estados nacionais europeus. Portugal,
Espanha, Inglaterra, Holanda e França lançaram-se aos mares e incluíram a costa
africana como base de apoio aos seus poderes ultramarinos. O segundo momento
remete ao século XIX, período de forte rivalidade entre as potências europeias
e de acirramento das disputas pela ampliação de seus territórios e áreas de
influência econômica. O continente africano, alvo da política expansionista,
foi dividido e explorado segundo os critérios e interesses dos europeus. A
partir da segunda metade do século XX, começa o processo de descolonização e de
formação dos Estados nacionais africanos, que, mesmo com as independências
políticas conquistadas, foram sugados por formas mais sutis, porém não menos
violentas, de dominação política e econômica. E, por fim, o terceiro momento,
que, ao que tudo indica, se descortina no início dos anos 2000, onde o
crescimento econômico dos países africanos se associa à elevada demanda por
recursos minerais e energéticos do leste asiático.
Obrigada mestre Hélio por este texto que aumenta nossa compreensão sobre a histórica e em minha opinião danosa presença européia no continente africano sinalizando ciclos que haviam passado despercebido mesmo para pessoas interessadas na região como eu.
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